sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Três poemas eróticos de E. M. de Melo e Castro



CANTIGA DE COR-TESÃO

Quanto mais amo
minha amo
mais mama
mamo

– é assim é que é

Quanto mais como
tua cama
mais cono
como

– é assim é que é

Quanto mais cavo
no teu cu
mais cravo
sou

– é assim é que é

Quanto mais é assim
mais me venho
a mim

– é assim é que é

e o pé?


COLHE OS COLHÕES A BOCA

colhe os colhões a boca
o barco a flor o mastro
a língua louca louca
o astro glande monstro

que a água que mostro
laiva o sabor do ouro
álcool que vem do mosto
leite que sabe a louro

pêlo de pele colhida
jeito informe que pica
alga onda comprida
que treme e foge e fica

colhe no ar e foge
a árvore da vida


FALA

falar do falo
é uma fácil falácia

do príapo é mais própria
a prosápia

quanto ao caralho
não é pau de carvalho

mas engrossa a piça
o chouriço enchoiriça
e a piça incha e estica

mas o tesão
não se compra nem se vende

a cona destes versos
é que o fode!