segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Dois poemas de Ibn Al-Zaqqaq

O OLHAR

Os olhos desse cervo me assassinam.
Sua languidez minha languidez provoca.
Desnuda sem cessar para matar-me,
a espada é apenas o que embainha o sonho.


NOITE DE AMOR

Tão débil e frágil é sua cintura
como opulenta e belo seu quadril.
Curta é a noite e voa, se ela vem
levada por outras asas que não as do prazer.
Não há delícia maior que sua visita.
Uma aurora me abraça até a aurora,
raios seus braços em meu pescoço,
os meus cintos de sua cintura.

* Tradução de Pedro Fernandes de O. Neto

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