quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Um poema e um haicai de Natsume Soseki




Na fragrância deste incenso no qual me consumo,
quando estou cansado, aparentemente,
tua alma aparece na fumaça que se retorce e gira
de amor correspondido. Pobre, pobre de mim.
Quem num mundo tão amargo como este
não desejaria na névoa de seus desejos
o fogo de um de teus apaixonados beijos.

*

Queria
renascer tão pequeno
como uma violeta


* Tradução de Pedro Fernandes de Oliveira Neto